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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Alunos HCArtes e História A 10º ano - Escultura e pintura romanas

A ESCULTURA ROMANA
Individualismo, realismo e idealização; o retrato como género

A arte romana adquire total independência em dois géneros de arte figurativa: um deles é o retrato que representa fielmente o modelo. Enquanto o retrato grego se dirige sempre à essência e à ideia da pessoa, no romano surge um realismo descarnado, que culmina com a reprodução naturalista. (…) O outro género criado pelos romanos é o relevo histórico. (Ursula Hatje)

Período republicano

A escultura romana teve no retrato o seu género mais cultivado.
Até ao período de Augusto, as representações escultóricas apresentam um marcado realismo, por influência das retratísticas etrusca e helenística.
À antiga idealização do corpo humano, própria dos Gregos clássicos, sucede um novo interesse pela personalidade do indivíduo, que favorece o aparecimento de uma escola de representação realista, fiel aos traços físicos e expressando os traços psicológicos das personagens.
Glorificam-se os chefes políticos e militares mais importantes, aos quais se erguem estátuas em lugares públicos.
Produzem-se retratos, com a finalidade de perpetuar a memória do chefe de família falecido – o pater famílias – e de prestar culto aos antepassados – o jus imaginum.

Período imperial

A partir de Augusto, verifica-se a alteração da representação escultórica no sentido de um maior idealismo, expresso nas representações dos imperadores, como resultado do seu estatuto, das qualidades que lhes estavam associadas, dos poderes que lhes foram atribuídos, e como justificação da sua divinização.
Assiste-se, então, à influência da escultura clássica grega:
•atribui-se gravidade à personagem, que deve ser admirada e respeitada –
(Augusto de Prima Porta);
•idealiza-se a imagem do imperador, pela necessidade de perpetuar a figura do
Homem-Deus – evidente na mesma figura;
•admiram-se, reproduzem-se e imitam-se originais gregos.
Porém, a expressão do poder (glorificação das proezas militares do imperador) sobrepõe- se à busca da beleza grega.
Impõe-se a estátua equestre – novo género de estatuária oficial que consagra o soberano como herói iluminado e audaz, em traços naturalistas e expressão idealista



A PINTURA ROMANA
A vida enquanto forma de arte; os Frescos de Pompeia como documento do cultivo do luxo na vida doméstica;
a construção da ilusão arquitectónica; primeiros ensaios da representação perspectivada do espaço; a arte do mosaico
Foi nas composições figurativas que melhor se revelou o domínio das técnicas de representação e uma expressividade dramática que não encontramos noutras formas de expressão artística romana.
Com o declínio da pintura mural (século I d.C.), o mosaico adquiriu maior expressão e expansão, passando a ser o meio privilegiado de decoração de paredes e pavimentos.
Influências
o Egípcia.
o Etrusca.
o Grega.
Técnicas
o Mosaico: conjunto de pequenos cubos multiformes de pedra, mármore,
esmalte (tesselas), justapostos de modo a reproduzir um desenho, engastado
num cimento, argamassa ou estuque (um reboco / revestimento à base de cal,
gesso, pó de mármore, areia, cimento…).
o Encáustica: técnica à base da diluição dos pigmentos (corantes naturais) em
cera derretida.
o Fresco: pintura sobre reboco de gesso fresco e húmido.
Estilos
o Primeiro estilo – incrustação.
o Segundo estilo – arquitectural.
o Terceiro estilo – ornamental.
o Quarto estilo – cenográfico.

Temáticas
o Cenas mitológicas.
o Paisagens.
o Retratos.
o Naturezas-mortas.

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