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domingo, 18 de março de 2012

Correção 4º teste Historia 10º

Grupo I

(0,2 cada)

A-4;  B-3; C-3; D-3; E-4; F-1; G-2; H-4; I-3; J-3; L-1; M-1; N-1; O-2; P-3; Q-2; R-3; S-3; T-1; U-3; V-1

 grupo II

1-(0,2 cada)

1-C;
2-F;
3-E
4-D
5-D
6-A

2-(0,2 cada)
 
1-F
2-C
3-D
4-B
5-G
6-E
7-A

3. (0.3 cada)

1-I
2-F
3-L
4-G
5-J
6-K
7-H

4. (0,2 cada)

1-C
2-F
3-A
4-D
5-B
6-E

grupo III  

A autonomia de cada concelho era exteriorizada por certos símbolos, como o selo municipal e o pelourinho sendo a sua estrutura organizacional e jurídica estabelecida através da carta de foral. Por concelho designa-se um território variável em extensão, composto por comunidades de homens livres (vizinhos), cujos direitos (privilégios) e deveres estavam consignados nas cartas de foral.
A sua autonomia político-administrativa provinha do reconhecimento efectuado pelos reis e senhores que necessitavam de repovoar o interior e o sul do país durante e após o período da Reconquista. Assim, cidades e vilas nasceram e afirmaram-se no território português logo no século XII, num contexto caracterizado
- pelas peregrinações a Santiago de Compostela, que revitalizaram os núcleos urbanos;
- pelo avanço da Reconquista, que acrescentou territórios de forte presença urbana;
- pela presença da corte régia, então itinerante, que consolidava as estruturas urbanas e prestigiava a urbe;
- pelo restauro das sés episcopais, que engrandecia as urbes;
- pela criação de concelhos, através das cartas de foral;
- pelo dinamismo comercial, que originava a concessão de cartas de foral.
O país medieval apresentava  assim um  urbanismo cristão que se localizava a norte e o muçulmano a sul. Apesar de não faltarem ruas tortuosas e becos sem saída na cidade cristã, ela dispunha de uma ou mais praças e, de um modo geral, irradiava a partir de um centro. Por sua vez, a cidade muçulmana era densa e labiríntica e distribuía-se pela alcáçova e pela almedina. O espaço citadino medieval português integrava então:
- o espaço amuralhado;
- os espaços destinados às minorias étnico-religiosas – as judiarias e as mourarias;
- o arrabalde;
- o termo.
O espaço amuralhado era envolvido por uma cintura de muralhas, dentro da qual se situavam o castelo, a torre de menagem do alcaide, a Sé ou a igreja principal, o paço episcopal, os paços do concelho, as moradias dos mercadores e mesteirais abastados, as praças onde funcionavam os mercados, as ruas direitas, novas e secundárias.
As judiarias eram bairros onde residiam os judeus, minoria que se dedicava aos mesteres (ofícios artesanais), ao comércio, aos negócios, à medicina, à astronomia e à cobrança de rendas.
As mourarias eram bairros situados nos arrabaldes onde residiam os muçulmanos, minoria que se dedicava principalmente à agricultura e aos mesteres.
O arrabalde situava-se no exterior da muralha. Nele se localizavam as hortas e os ofícios poluentes, mal-cheirosos e barulhentos, mas também algumas oficinas, lojas e mercados. Era ainda a zona da pobreza e da exclusão, para onde eram relegados, para além dos mouros, marginais, pedintes e leprosos, motivo pelo qual aí se instalaram as ordens mendicantes (franciscanos e dominicanos).

 
A administração dos concelhos estava nas mãos de dois órgãos:
· a Assembleia dos Vizinhos e
· os Magistrados.
A Assembleia dos Vizinhos tinha poderes legislativos – aprovava leis sobre questões económicas, higiene e costumes. Nela havia a predominância dos homens-bons (os mais abastados), as suas decisões eram conhecidas por posturas municipais e era ela que escolhia a maioria dos magistrados.
Por seu lado, os Magistrados detinham poderes executivos e judiciais. Entre eles (como na Assembleia) também havia a predominância dos homens-bons, a elite social do concelho. Os magistrados escolhidos pela Assembleia dos Vizinhos eram:
· os Alcaides ou juízes (também chamados Alvazis) – eram os dirigentes máximos da
comunidade;
· os Almotacés – eram os encarregados da vigilância das actividades económicas, da sanidade e das obras públicas;
· o Procurador – era o tesoureiro e o representante do concelho no exterior;
· e o Chanceler – era quem guardava o selo e a bandeira do concelho.
Os magistrados nomeados pelo rei eram os Vereadores, que possuíam vastas competências legislativas e executivas e que, com o tempo, foram ganhando crescente preponderância, constituem as elites urbanas . Os concelhos contribuíram para a afirmação do poder real face à expansão do poder senhorial.
À cabeça do Reino encontrava-se o Rei. O rei chefiava o exército, administrava a justiça, garantia a ordem e a paz internas e dirigia as relações externas. Pertencia-lhe ainda, em exclusivo, o direito de cunhar a moeda ou de desvalorizar a moeda. Por outro lado, os tribunais reais reservavam para si, também em exclusivo, a aplicação da justiça maior (pena de morte os corte de membros), constituindo este facto uma limitação da jurisdição senhorial e ao mesmo tempo uma afirmação clara da supremacia da justiça real.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Preparar o 4º Teste HCA



Ficha formativa – a cultura da catedral

1-        Refira a conjuntura económica dominante, durante os séculos XII a XIII, na Europa Cristã. (Renascimento económico, renovação das técnicas agrícolas, excedentes produtivos, crescimento da população, florescimento das cidades, expansão das actividades artesanais, reflorescimento do comércio monetário e dos mercados e das feiras, aparecimento de actividades ligadas às finanças - câmbio ... desestruturação do antigo sistema feudo-senhorial dos séculos anteriores...)


2- Identifique o grupo social que apareceu ligado aos burgos novos e suas actividades. (Burgo/burguês, artesãos, mercadores, lojistas, letrados, livres da redes pessoais feudo-vassálicas, burgueses que têm relações de solidariedade e coesão como: corporações de artesãos, as companhias de comerciantes, os crentes de um santo padroeiro, as confrarias, as hansas de comerciantes de uma região e guildas de artesãos de uma região, formaram também comunas de luta contra o poder senhorial com o apoio do rei ...)


3- Caracterize a nova política das monarquias medievais e o novo tipo de vida cortês, surgido a partir do século XII. (Centralização, organização administrativa central, formação de uma elite cortesãs/ de corte com novos gostos e hábitos: danças cantigas trovadorescas de amigo, amor e de escárnio e maldizer, civilidade e cortesia, torneios, códigos de cavalaria, romances ...)


4- Relacione a renovação das cidades/renascimento urbano com o aparecimento das Universidades. (Nova mentalidade laica/não religiosa individualista dos negócios e do lucro necessitaram de novos saberes, conhecimento mais profundo e pragmático das artes - trivium e quadrivium ... suplantam os mosteiros e as suas escolas monásticas...)


5- Refira a reorganização do espaço urbano nesta época de renascimento medieval. (espaços fechados e vigiados com cinturas de muralhas, a planta depende de objectivos militares e/ou comerciais, depende ainda da topografia/relevo, tem duas praças principais da vida urbana, e associadas a edifícios da cidade; catedral e o palácio administrativo/comunal ou cidadela - pelourinho, mercado- , disposição radioconcêntrica, nas duas praças, das habitações agrupadas, em bairros ou mesmo por ruas labirinticas, dependendo das profissões, não há planeamento nem saneamento...)


6- Mencione o significado da catedral para os habitantes da cidade medieval. (símbolo e orgulho dos burgueses das comunidades, construção colectiva que deriva das doações de reis e de grandes senhores como afirmação do seu poder, catedral advém de cathedra, casa de Deus -assento do bispo -, reflecte o Paraíso e a possibilidade de todos poderem ascender ao céu, Suger e o novo estilo gótico de luz /volumetria leve, elevação em altura, vitrais coloridos, ambiente harmonizador do racionalismo clássico e do misticismo cristão...)


7- Indique os elementos arquitectónicos inovadores utilizados na catedral gótica, (...arco ogival, quebrado, apontado, formeiros, abóbadas de cruzaria de ogivas, abóbada estrelada, de leque, reticulada, boa distribuição do peso com contrafortes adossados/botaréu, os pilares góticos e os arcobotantes exteriores  -, janelas rasgadas vitrais, rosáceas...)


8- Identifique a planta das catedrais urbanas. ( basilical/cruz latina...cabeceira virada para Este, três ou cinco naves...)

9- Indique algumas das mais importantes catedrais góticas europeias.

HCA - Ficha de trabalho - Românico vs Gótico

O GÓTICO FACE AO ROMÂNICO – Ficha de Trabalho
1-     Coloca a letra A (Românico) ou B (gótico ) nos espaços que antecedem os elementos:



A ARQUITECTURA GÓTICA FACE À ARQUITECTURA ROMÂNICA


               ___ - Formas graciosas e leves
___ - Arco quebrado/ogival
___ - Pilares cruciformes
___ - Abóbada de arestas
___ - Horizontalidade
___ - Arcobotantes
___  Arco de volta perfeita
___ - Abóbada de cruzaria de ogivas
___ - Decoração escultórica exterior limitada às cornijas e portais
___ - Estaticismo
___ - Portal triplo
___ - Grandes janelas com vitrais
___ - Verticalidade
___ - Formas compactas e maciças

  ___- Todo o edifício constitui uma narrativa visual da Bíblia aberta a todos
___ - Pináculos, flechas e agulhas
___ - Obscuridade interior
___ - Rosácea imponente com vitrais
___ - Interior amplo, elevado e luminoso
___ - Decoração exterior abundante com estátuas e relevos




Historia da Cultura e das Artes - Módulo 4 - A cultura da Catedral