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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

HCA- Regras de análise de uma pintura




1. Identificar a pintura

                        - Titulo

                        - Tema (Religioso, mitológico, histórico, retrato, cena do quotidiano, paisagem,                                   natureza morta, nu, etc.)

                        - Técnica (aguarela, guache, pastel, fresco, têmpera, óleo…)

                        - Suporte (papiro, pergaminho, papel, parede, madeira, tela, acrílico…)

                        - Dimensões

                        - Data/Local de Produção

                        - Autor

                        - Local de exposição

2. Identificar o contexto histórico em que a pintura foi produzida (mentalidade, valores….)

3. Discriminar os elementos representados e suas inter-relações:

                        - Conteúdo (personagens principais e secundárias – suas atitudes, expressões,                       trajes e objectos; paisagens e seus elementos, animais, edifícios; outros                                 elementos)

                        - Forma (planos, linhas estruturantes – horizontais, verticais, oblíquas, curvas;                          perspectiva e outras técnicas de profundidade; geometrização das figuras e do                                espaço (composição); existência ou não de simetria e proporção; existência ou                               não de desenho prévio; predomínio da linha/desenho ou da cor; cores                                            dominantes – quentes ou frias; zonas de luz e sombra; pincelada fluida,                                   espessa, contínua, entrecortada; estilo figurativo ou abstracto..)

4. Interpretar/Descodificar a pintura

                        -Sentido simbólico; relação entre a obra e o contexto histórico; intenção do                             autor

                        - Corrente artística

5. Opinião pessoal (sentimentos provocados pela obra/ razão de escolha)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

John Lock e a fundamentação do Parlamentarismo



A fundamentação do parlamentarismo surgiu com Locke através, essencialmente, do segundo Tratado do Governo Civil. Considera-se que este foi um dos mais poderosos documentos contra a monarquia absoluta e a favor da subordinação do estado perante a população.
Segundo o filósofo os seres humanos são livres e iguais e só podem ser submetidos à autoridade do outro voluntariamente.

Segundo Locke, os homens "nascem livres, iguais e autónomos", pelo que só com o seu consentimento pode surgir um poder a que obedeçam, uma espécie de contrato entre os governados e os governantes. Os governados renunciam a alguns dos seus direitos naturais, comprometendo-se a acatar as decisões da maioria (leis); os governantes devem garantir o bem comum, a propriedade privada e a justiça.
Se o Estado não cumprisse as suas funções, ou usasse de um poder arbitrário (absoluto), os governados tinham o direito de se revoltar, pois o contrato social tinha-se quebrado.
Locke vai inspirar os filósofos iluministas e os sistemas políticos implantados no século XVIII e XIX com as seguintes ideias:
  • Separação dos poderes do Estado
  • Existência de um órgão legislativo representante da nação através da eleição de deputados (Parlamento)
  • O chefe de governo nomeado pelo rei entre o partido maioritário em eleições
  • O governo é responsável perante o parlamento.

domingo, 28 de outubro de 2012

A Europa dos parlamentos


A burguesia da República das Províncias Unidas conseguiu a ascensão social através do dinheiro. Com o passar do tempo, essa ascensão da burguesia de negócios foi-se consolidando pela educação, pelo


casamento e pela dedicação aos cargos do Estado: graças à descentralização administrativa, eram os chefes das famílias burguesas quem dominava os conselhos das cidades e das províncias, formando uma elite governante. Desta forma, foram-se quebrando os princípios da sociedade de ordens baseados nos privilégios de nascimento. Salienta-se o caso da ascensão da família de Witt, a qual, aplicando os lucros dos negócios na Companhia das Índias Orientais, conseguiu preparar os seus filhos para o exercício de cargos na administração da República e fez com que o seu descendente Jan de Witt personificasse o domínio claro da burguesia ao assumir o cargo de Grande Pensionário (uma espécie de Primeiro-Ministro).


O Tratado de Tordesilhas, de 1494, havia ratificado o monopólio dos países ibéricos sobre os mares e as terras – a doutrina do mare clausum –, restando aos outros estados a opção de corso – a pirataria autorizada pela autoridade de um país. Contudo, no século XVII, essa doutrina foi fortemente contestada


pelos países da Europa do Norte, em especial pela Holanda e pela Inglaterra. A defesa da doutrina do mare liberum, por Hugo Grotius, tornou-se uma forma de legitimar/validar as pretensões holandesas ao


comércio internacional, uma vez que o século XVII foi uma época de grande prosperidade para esta nação, e desencadeou uma longa polémica que constituiu uma das bases do moderno Direito Internacional.


Em Inglaterra, a luta histórica entre o povo – representado pelo Parlamento – e os soberanos remontava à Idade Média (com a Magna Carta, primeiro documento a proteger os Ingleses das arbitrariedades do poder régio); porém, foi no século XVII que vingou o Parlamentarismo, por meio de duas revoluções importantes:


- Instauração da República. Apesar de ter assinado a Petição dos Direitos em 1628, que o forçava a respeitar a vontade do povo de só poderem ser decretados impostos com o consentimento popular e de não atentar contra os súbditos sem julgamento, Carlos I pagou com a vida (1649) as suas tentações absolutistas. Foi então abolida a monarquia e instaurada a República, chefiada por Cromwell. Este, sob o título de Lord Protector, imporia um regime repressivo, restaurando-se a monarquia somente depois


da sua morte (1658), com Carlos II.


- Revolução Gloriosa. Ainda no século XVII, em 1688, a Revolução Gloriosa do rei Guilherme de Orange contra Jaime II consagrou a vitória do regime parlamentar sobre o poder autoritário. O novo soberano comprometeu-se a respeitar a Declaração de Direitos (Bill of Rights) de 1689, um texto fundamental da monarquia inglesa, pois, ao contrário dos países de regime absolutista, estabelecia limites ao poder régio e protegia os direitos dos súbditos.


Nos países onde o poder absoluto dos monarcas foi limitado/abolido pela vontade dos cidadãos, como as Províncias Unidas e a Inglaterra, o regime parlamentar assumiu-se como defensor das liberdades políticas, económicas e religiosas. O cidadão, protegido das arbitrariedades dos governantes, substitui o súbdito, e os poderes do Estado – legislativo, executivo e judicial – foram divididos por vários órgãos de poder.


O filósofo inglês John Locke foi responsável pela justificação teórica do parlamentarismo, ao defender que todos os homens se encontram naturalmente num “estado de perfeita liberdade” e num “estado de igualdade” ao qual renunciam apenas em favor da coletividade, quando se fazem representar pelos seus governantes: “só então, nasce uma sociedade política ou civil”. Segundo Locke, o “poder supremo do Estado” era o poder legislativo, exercido pelo Parlamento. No entanto, Locke salientava que se esse poder fosse exercido de forma autoritária/absoluta, ou prejudicando o bem comum, os governados retomariam o direito à sua liberdade original, podendo, portanto, depor os governantes. A teoria de Locke enquadra - se,por um lado, na Revolução Gloriosa de 1688 e, por outro, no contexto social de ascensão da burguesia, a qual apoiava o regime parlamentar, defensor da propriedade privada, da ordem e da segurança.


Em síntese…


No modelo absolutista o rei:


- detinha um poder sagrado, paternal, absoluto e submetido apenas à Razão;


- concentrava em si todos os poderes do Estado;


- raramente convocava Cortes;


- usava a vida da Corte como palco de uma encenação do poder de forma a controlar as ordens privilegiadas;


- entregava os cargos de chefia à nobreza e ao clero, mesmo que a burguesia detivesse o poder económico.


No modelo parlamentar:


- o poder encontra-se repartido entre o rei e o parlamento;


- o Parlamento ocupa o lugar central na estrutura governativa;


- a burguesia ocupa cargos importantes na administração do Estado;

- os critérios sociais assentes no nascimento esbatem-se ou anulam-se.




A Revolução Puritana (1640) e a Revolução Gloriosa (1688) transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto de suas realizações, pode-se dizer que:

A) determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comércio marítimo, pois os conflitos internos provocaram forte redução da produção e exportação da manufatura

B) resultaram na vitória política dos projetos populares e radicais  e dos agricultores, que defendiam o fim da monarquia e dos privilégios nobres.

C) envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as disputas políticas e sociais, desembocaram na retomada do poder pelos católicos e em perseguições contra protestantes.

D) Criaram um Estado monárquico em que o poder real devia se submeter aos limites estabelecidos pela legislação e respeitar as decisões tomadas pelo Parlamento.

E) precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos seguintes, abalaram França, Portugal e as colonias na América, provocando a ascensão política do proletariado industrial.

Resposta:

As duas revoluções que sacudiram a Inglaterra no século XVII levaram ao fim do regime absolutista, e abriram caminho, por parte do Estado inglês, para uma gradual assimilação dos princípios políticos do liberalismo consolidados  na Monarquia Parlamentarista, inaugurada pela assinatura do Bill of Rights (1688).

 

Resposta: D

domingo, 21 de outubro de 2012

TPC alunos de HCA

Escultura
1. Relaciona a afirmação de Protágoras: O Homem é a medida de todas as
coisas, com as caraterísticas formais da escultura grega.
2. Comenta a seguinte afirmação, referindo exemplos de escultura grega: a arte
é conseguida pela habilidade da representação exacta das aparências
visíveis.
3. O que representam as figuras de Kouros e Koré?
4. Que funções desempenhavam os relevos executados nas métopas, nos
frisos e nos tímpanos dos frontões dos templos gregos?
5. Situa no tempo e refere as caraterísticas nucleares da escultura nos
períodos: arcaico, severo e clássico.