S. Bernardo de Claraval
-Monge da ordem beneditina, Bernardo de Claraval defende a humildade e o desprendimento em relação aos bens
materiais. Impõe um programa que recusa o excesso decorativo dos elementos arquitectónicos e a decoração escultórica e que apresenta a sobriedade, a simplicidade e a depuração estruturais como características dominantes.
Reacção de Bernardo ao monaquismo (exemplos):
-monge da ordem beneditina, reage contra o excesso de riqueza da maioria das comunidades monacais;
-rejeição do mundo profano;
-mística que desconfia da beleza exterior;
-religiosidade fundada na contemplação da beleza da alma;
-censura a ostentação do clero e dos templos e o excesso de rituais;
-defende uma inteligência feita de amor, mais do que de erudição.
-Materialização do ideal (exemplos);
-defende um quotidiano pautado pela oração, meditação e trabalho para a comunidade;
-defende o sacrifício em nome da fé: elevação do espírito pela mortificação do corpo;
-valoriza o sentimento, a fé, a vontade ética e o amor, que conduzem à ascese mística;
-opõe-se ao ensino da Escolástica e, de uma maneira geral, ao debate do texto religioso.
Consequências estéticas (exemplos):
-recusa o excesso nas decorações escultóricas (critica a decoração dos capitéis do românico, como exemplificada
no texto) e nas alfaias religiosas dos conventos, mosteiros e igrejas, sustentando a austeridade dos paramentos e dos
altares;
-a arquitectura religiosa deve reflectir simplicidade e abnegação: depuração arquitectónica nos capitéis, arcos,
molduras e frisos;
impõe-se a sobriedade do conjunto, sem interferência de peças escultóricas fora do contexto, para evitar a
dispersão da atenção dos fiéis.
> Interpretação completa do texto e da figura, por referência ao solicitado.
> Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina.
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