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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Teste diagnóstico sobre o Renascimento (conhecimentos adquiridos no programa do 8º Ano)

http://www.anossaescola.com/idanha/ficheiros/recursos/RenascimentoTesteEscMult.htm

A lenda do Rei Artur e os Cavaleiros da Távola Redonda



 "Os Cavaleiros da Távola Redonda"
Por Raquel Ribeiro

O rei Artur é uma figura histórica ou o herói que deu corpo a uma lenda? Cabe ao leitor decidir – porque Artur é o símbolo da luta incessante do bem contra o mal, da luz contra as trevas.
A questão vem desde o Renascimento, quando a veracidade histórica da figura de Artur era defendida com vigor, sobretudo porque os monarcas da dinastia Tudor traçaram a linhagem até si e usaram essa ligação para justificar a ocupação do reino. Estudos mais recentes reconhecem, contudo, que existiu, de facto, uma figura, no final do século V
e inícios do século VI, que justificou a lenda, mas não um rei com um “bando” de cavaleiros em luta pela justiça e atrás do Santo Graal – à volta de uma távola imaginária, que seria apenas uma “tábua”
de valores. Mas é inegável a influência da sua personagem na literatura, na arte e na sociedade, desde a Idade Média até hoje (e no século XX, também no cinema). Porque todos os grandes heróis “beberam” a influência de Artur. E todos lhe “imitaram o estilo”.
No coração da lenda arturiana está a terra, Inglaterra, intimamente ligada às aventuras dos cavaleiros. O exterior? As montanhas, os vales, os rios, as árvores e as plantas de enorme verdura. O interior? Misteriosa, assombrada por mitos, às vezes lendas que nada mais são do que ficção, às vezes histórias de fantasmas “verdadeiros”. Às vezes são apenas nomes, como Camelot ou Camlan ou Badon. E até os lugares se colocam muitas vezes em questão – serão lenda ou verdade?
A távola redonda
Há também várias versões sobre a origem da távola redonda, à roda da qual o rei Artur e os seus cavaleiros se reuniam para contar os feitos e procurar novas aventuras. O cronista normando Wace foi o primeiro a mencioná-la no seu “Roman de Brut”, de 1155, onde explicava que Artur “criara” a távola redonda para prevenir guerras internas entre os barões, que punham em causa a legitimidade do reino – Artur era herdeiro de Utário, mas só o feiticeiro Merlim o sabia.
As origens da távola re - montam, em princípio, ao tempo dos celtas, mas em histórias m e d i e v a i s atribuíam a Merlim a sua criação. Mas há mais histórias ligadas aos cavaleiros e a Merlim – uma delas é a construção do famoso santuário escocês, Stonehenge. Reza a lenda que foi o pai de Artur que pediu ao seu feiticeiro a construção de um “memorial” para o seu irmão Ambrosius e os guerreiros britânicos trucidados pelos Saxões no massacre conhecido como “a noite das facas longas”. Merlim foi à Irlanda à procura de um círculo de pedras que se cria terem poderes curativos se a água em que fossem lavadas fosse usada no banho de doentes. Após a batalha, Merlim reuniu as pedras e por magia atravessou a costa até à Escócia.
Apesar das várias teorias sobre a formação do Stonehenge, não há nenhuma que desminta o “dedo” de Merlim na junção do mítico círculos de menires.
E quem é Merlim? Era o conselheiro de Artur (já o fora de seu pai), profeta e mágico, uma “criação”
de Geoffrey of Monmouth, que no século XII misturou uma personagem de tradição escocesa chamada Myrddi com uma história do século IX do cronista Nennius – assim nasceu Merlinus ou Merdinus. No livro de Monmouth, Merlim é conselheiro de Utário, mas não está associado a Artur.
A figura ultrapassou depois os limites da história de Monmouth e Merlim tornou-se uma “personagem” muito popular na Inglaterra medieval e, por conseguinte, em inúmeros textos franceses e ingleses do século XIII.
A história? As aventuras dos cavaleiros da távola redonda – Lançarote, Agravão, Galvão, Belivério, Mordrete e Gallaz, que bebeu do Santo Graal, a taça de Jesus Cristo, e, com os outros cavaleiros, não descansou enquanto não encontrou o cálice sagrado.
Este é o pressuposto da lenda de “Os Cavaleiros da Távola Redonda”, o original e a versão, adaptada e traduzida para português por Augusto da Costa Dias.