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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

História A e HCArtes 10º Ano




São Bento - fundador da ordem religiosa Beneditina
Veja este vídeo em:

http://www.youtube.com/watch?v=zbxj6pJ6-jY

Os mosteiros foram centros de irradiação do Evangelho, mas também centros de cultura, que conservavam e difundiam a cultura greco-romana, e centros que realizaram uma verdadeira promoção social.
Os estudiosos da história da civilização ocidental realçam o papel que São Bento desempenhou na conservação da cultura greco-romana e na formação da cultura medieval cristã.
Na realidade, São Bento não desejava fundar um organismo para a transmissão da cultura. Ele queria que o mosteiro fosse uma pequena comunidade ideal, que vivesse segundo o Evangelho. A sua finalidade era religiosa, mas com efeito, nos mosteiros por ele fundados, ou que nele se inspiraram, a actividade cultural ocupou um lugar importante, porque a prioridade dada à "lectio divina", à leitura do Evangelho, exigia que cada um dos monges tivesse uma escola onde ensinar os iletrados a ler e a escrever, e onde ensinar-lhes os rudimentos da cultura. Cada mosteiro procurava ter livros e códices. Copiavam-se os manuscritos antigos e traduziam-se as obras gregas. As bibliotecas dos mosteiros foram enriquecidas cada vez mais, e assim, obras do pensamento e da literatura do passado podiam ser conservadas para a posteridade.
Embora não tivessem esta finalidade directa, os mosteiros tornaram-se os mais importantes centros de elaboração e de irradiação cultural. Assim, favoreceu-se o nascimento de uma cultura, que conseguiu integrar os valores do humanismo pagão numa nova síntese cristã. E isto, precisamente quando as invasões bárbaras, com as suas devastações, eliminaram todos os vestígios de civilização.
Ao mesmo tempo, os mosteiros beneditinos tornaram-se também escolas de agricultura, centros de actividade agrícola e de saneamento, bem como escolas de artes e profissões.
Segundo São Bento, a vida monástica devia ser não apenas oração, penitência e ascese, ou seja, não só consagração a Deus, como alguns modelos orientais, mas também actividade e trabalho produtivo para a manutenção do mosteiro e para ajudar os indigentes e os necessitados. Esta disposição, aplicada em vasta escala em virtude da multiplicação dos mosteiros, teve uma influência positiva sobre o continente europeu.
O lema "ora et labora" (reza e trabalha) resume e exprime bem a espiritualidade beneditina, porque realiza uma feliz síntese entre oração e trabalho.
Este lema foi fermento de progresso religioso e, ao mesmo tempo, civil: a oração e a meditação davam incentivo, inspiração e entusiasmo ao cansaço do trabalho, às vezes muito duro, na origem das várias fundações de mosteiros.
Sem dúvida, São Bento deixou um sinal na história da Igreja e da humanidade e, ainda hoje, tem muito a ensinar.
São Bento e os mosteiros beneditinos tiveram um papel de primeiro plano na unificação espiritual da Europa.
Depois da queda do Império Romano, os habitantes do território do antigo Império eram cristãos, enquanto os invasores eram, em grande parte, pagãos ou arianos (como os Godos).
A adesão de todos à única fé cristã foi o factor que levou à fusão entre o elemento romano e o elemento germânico-gótico.
A cristianização da Europa, para a qual numerosos mosteiros beneditinos deram uma grande contribuição, levou à consciência da unidade espiritual, que serviu para unir povos profundamente diferentes entre si. As invasões e as lutas dividiram-nos e opuseram-nos, mas foi a mesma fé que os uniu.
Em virtude da única fé religiosa, povos e reinos diferentes e, muitas vezes, em luta entre si, uniram-se numa mesma escala de valores. Foi assim que nasceu a civilização europeia, fundamentada no reconhecimento do primado de Deus sobre a história, e do espírito sobre a matéria.
Assim, a Europa nasceu como unidade espiritual, animada pelo cristianismo: a Europa e o cristianismo entrelaçaram-se ao longo dos séculos, e a Europa tornou-se um farol de civilização também para os outros continentes.
A São Bento e aos mosteiros que nele se inspiraram pertence o mérito de terem realizado uma síntese entre a civilização pagã e o cristianismo, aplanando o caminho para aquela que foi a "civilização medieval".

http://mosteirodesaobento.com.br/saobento.htm

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Alunos HCArtes

Principais características da arquitectura Romana

1. Variedade e plasticidade dos materiais utilizados; à madeira, pedra e mármore os romanos juntaram o “opus carmenticium” uma espécie de argamassa de cal e areia a que adicionavam pedaços de calcário, cascalho e restos de materiais vulcânicos. Com isto os romanos inventaram uma espécie de pasta moldável enquanto húmida, semelhante ao actual cimento ou betão que depois de seca, se igualava à pedra na solidez e consistência.

2. Utilização de diversos almofadados em pedra ou em tijolo que escondiam o rugoso das construções e aplicação de revestimentos exteriores feitos em relevo com estuque, placas de mármore, mosaicos e estuques pintados.

3. Criação de novos sistemas construtivos. Estes tomaram por base o arco e as construções que dele derivam: abóbadas, cúpulas e as arcadas. A sua utilização associada aos novos materiais permitiu aos Romanos criar deferentes tipologias de edifícios, diversificar as plantas, projectar compartimentos mais amplos e articular melhor os espaços interiores.

4. Desenvolvimento das técnicas e dos instrumentos de engenharia. Os Romanos assumiram a engenharia como suporte da arquitectura, fornecendo-lhe uma base científica. Faziam estudos de topografia e orografia (estudo dos rios), possuíram técnicas de terraplanagem, inventaram as cofragens (dispositivo de madeira destinado a conter as massas de betão fresco), os cimbres (armação de madeira que suporta ou molda os arcos ou abóbadas) e o metal para fortalecer as juntas entre os blocos de pedra ou nas zonas de maior pressão dos edifícios.

5. Associaram o génio inventivo e o sentido prático à solidez, uma maior economia de materiais, meios e mão-de-obra.

6. Ao barroquismo (exagero) da decoração, acrescentaram as ordens arquitectónicas gregas: colunas, capitéis, entablamentos, frontões com sentido decorativo e não arquitectónico. Além disso modificaram-nas nas proporções e nas formas, chegando mesmo a criar duas ordens novas, a toscana e a compósita (mistura de géneros). As mais usadas foram a coríntia e a compósita.
Principais características dos templos:

¨ Erguiam-se sempre sobre um pódio;
¨ Possuíam um carácter frontal, com a fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo (ao contrário do templo grego que era omnilateral);
¨ Eram geralmente de planta rectangular e tinham uma só cella, fechada;
¨ Encontravam-se orientados no terreno, seguindo o eixo axial da cella;
¨ Na maioria das vezes não tinham peristilo;